Pesquisadores da RMIT University e do Doherty Institute, na Austrália, desenvolveram um exame de sangue inovador capaz de avaliar a eficácia de nanomedicamentos no tratamento do câncer, especialmente leucemias. Com apenas uma gota de sangue, o teste analisa como diferentes nanomedicamentos interagem com células cancerígenas e saudáveis, permitindo personalizar a terapia para cada paciente.
Inovação na Nanomedicina: Terapia de luz vermelha para lesões na medula espinhal
Em um avanço significativo para o tratamento de lesões na medula espinhal, pesquisadores da Universidade de Birmingham desenvolveram uma nova abordagem terapêutica utilizando luz vermelha e infravermelha. Esta técnica, conhecida como fotobiomodulação (PBM), tem mostrado um potencial notável na promoção da reparação e regeneração nervosa diretamente no local da lesão.
São Paulo sediará o III Congresso Brasileiro de Nanomedicina e I Congresso Latino-Americano em setembro de 2025
Em setembro de 2025, a cidade de São Paulo será o palco do III Congresso Brasileiro de Nanomedicina e do I Congresso Latino-Americano de Nanomedicina, eventos pioneiros dedicados ao avanço e à discussão da nanotecnologia na medicina. Organizado pela Sociedade Brasileira de Nanomedicina, o congresso promete reunir os mais eminentes profissionais e acadêmicos do setor, vindos de diversas partes do mundo, para trocar conhecimentos, experiências e as mais recentes descobertas na área.
VÍRUS E SEU USO NA NANOMEDICINA
A ideia de que um vírus pode ser usado como um pequeno veículo capaz de transportar drogas ou outros produtos químicos para os tecidos do corpo específica pode soar como ficção científica. No entanto, atualmente, é uma realidade. Bionanotechnology, um ramo da ciência que lida com o estudo e manipulação de materiais muito pequenas que podem medir milionésimos de um centímetro (que são conhecidos como nanomateriais), estes são utilizados para estudar certas doenças, assim para gerar novas e melhores ferramentas de diagnóstico e tratamento. Os vírus são agentes infecciosos que precisam infectar uma célula para se multiplicarem, por isso são considerados “parasitas intracelulares”, porque não conseguem “sobreviver” se não estiverem dentro de uma célula. Existem vírus que podem infectar especificamente bactérias, fungos, plantas e animais. Todos os vírus dentro deles têm seu próprio material genético, que é cercado por uma camada de proteínas que o protege e é conhecido como capsídeo viral. As proteínas dessa estrutura funcionam como pequenos “legos” que se auto-organizam perfeitamente para preservar seu mesmo tamanho e forma. Os cientistas tiraram partido do tamanho nanométrico do vírus e a capacidade para autoensablaje cápsisde viral, utilizando ferramentas bioquímicas e moleculares, tem havido “vazias” estes vírus, destruindo o seu material genético enquanto retendo apenas a estrutura oca cápside viral, isso para usá-lo como uma caixa que pode ser “recarregada” com drogas ou outras moléculas biológicas. As novas estruturas de proteínas que são formadas, são conhecidas como partículas semelhantes a vírus ou “VLPs” do inglês Virus Like Particles. Uma vez que a maioria das VLPs que foram construídas destinam-se a ser utilizadas como nano-carregadores de fármacos para doenças humanas, foram utilizados vírus de plantas que não são capazes de infectar um animal ou seres humanos. Ao mesmo tempo, no momento de esvaziá-los, assegura-se que o material genético seja totalmente destruído, para que não ponham em perigo as plantas ou o meio ambiente. Assim, este tipo de estruturas nanométricas está sendo usado para realizar estudos laboratoriais e determinar se, no futuro próximo, poderiam ser utilizados para a entrega específica de medicamentos para o combate e tratamento de doenças como câncer, diabetes, como um novo tipo de vacinas. ou, entregar enzimas ou metabólitos para combater doenças causadas pela ausência destes. Bionanotechnology no Departamento do Centro de Nanociência e nanotecnologia UNAM, trabalhando com as VLP de geração biosseguras que são utilizados em ensaios in vitro para estudar o seu potencial como ferramentas para o diagnóstico e tratamento de cancro e outras doenças. E embora ainda exigem testes em animais, os resultados de testes in vitro de laboratório indicam que eles podem ter uma muito grande para ser usado em futuros estudos pré-clínicos em modelos animais de potencial câncer. Desta forma, é possível aproveitar os nanomateriais biologicamente seguros como ferramentas nanotecnológicas para o combate a doenças de importância nacional. Por Dra. Karla Oyuky Juárez Moreno * * O autor é pesquisador do CNYN-UNAM.
BRASÍLIA SEDIARÁ O I CONGRESSO BRASILEIRO DE NANOMEDICINA
A Sociedade Brasileira de Nanomedicina realizará o I Congresso Brasileiro de Nanomedicina para promover o papel da nanotecnologia no tratamento e prevenção de doenças. A nanomedicina baseia-se no uso de dispositivos de engenharia nanoestruturados, para iniciar e controlar processos vitais em escala molecular. Uma variedade de ferramentas nanotecnologicas ajudam com o diagnóstico e distribuição de drogas, no tratamento de doenças crônicas. A tecnologia avançada e de ponta ajuda na cirurgia, como microcirurgiões dentro do corpo do paciente. A Universidade de Brasília sediará o I CBN para apresentar as mais recentes conquistas da nanomedicina do país, experiências descobertas e aplicações da nanotecnologia na medicina, proporcionará oportunidades de compartilhamento de conhecimento entre estudantes, especialistas e demais pro¦ssionais da área. Nanotecnologia de medicamentos, sistemas modernos de administração de medicamentos, nano-biomateriais, nano-diagnósticos, engenharia de tecidos, nano-farmacologia nano-toxicologia, nanossensores e comercialização de produtos nanotecnológicos serão os temas da conferência, que será realizada nos dias 10 e 11 de outubro de 2019, na Faculdade de Ciências da Saúde, na Universidade de Brasília
A UNB SEDIOU O I CONGRESSO BRASILEIRO DE NANOMEDICINA
Para promover o papel da nanotecnologia no tratamento e prevenção de doenças, a Faculdade de Ciências da Saúde sediou o I Congresso Brasileiro de Nanomedicina. A atividade, que aconteceu nos dias 10 e 11 de outubro de 2019, apresentou as mais recentes conquistas da nanomedicina do país, experiências descobertas e aplicações da nanotecnologia na medicina.
MEDICINA COMBINADA A NANOTECNOLOGIA: POTENCIAL E DIFICULDADES DO MERCADO BRASILEIRO
Elementos como custo, burocracia, pouca compreensão científica e o receio de investir nestes produtos são entraves para a evolução da nanomedicina no país. universo. Mas, entre as evoluções cada vez mais presentes no cotidiano do setor, uma área muito específica e também muito promissora ainda é pouco conhecida: a nanomedicina. Os avanços da saúde têm se apoiado no elemento nano para desenvolver soluções mais precisas. Segundo a Pitchbook, em 2022 os investimentos em tecnologia na saúde devem alcançar os 10 trilhões de dólares. No que se refere à nanomedicina, estima-se que o setor cresceu cerca de 250% entre 2015 e 2020. De acordo com a World Nano Foundation sugere que até 2027, o mercado nano terá movimentando cerca de 8 bilhões de dólares. No Brasil, no entanto, a nanotecnologia é vista com mais frequência nas universidades. No setor privado, a cidade de Campinas, em São Paulo, tem sido apontada como um hub de startups dessa tecnologia. Mesmo assim, a nanomedicina ainda é pouco compreendida no mercado brasileiro como um todo e, consequentemente, recebe poucos investimentos O QUE É NANOMEDICINA? De forma simplificada, “a nanotecnologia é tudo aquilo que você pode trabalhar em escala nanométrica”, explica Herculano da Silva Martinho, especialista em biomoléculas e diagnóstico óptico do Centro de Ciências Naturais e Humanas na Universidade Federal do ABC (CCNH-UFABC). Na medicina, a escolha de trabalhar com uma escala de tamanho capaz de atingir células específicas — de 01 a 100 nanômetros —, de forma que não atinja tecidos saudáveis, destaca-se por sua tendência de ir direto ao alvo, aumentando a precisão do tratamento e diminuindo efeitos colaterais. “Trata-se de uma forma de erradicar doenças. A medicina do futuro está apoiada na tecnologia”, diz Marco Vinícius Chaud, professor titular do Curso de Farmácia na Universidade de Sorocaba e integrante da Sociedade Brasileira de Nanomedicina. Ou seja, dentro da nanotecnologia é possível construir dispositivos, produzir fármacos e atuar de maneira seletiva, indo direto onde o organismo precisa. Por isso, entre os especialistas, a nanomedicina é tratada como uma ferramenta, “que irá ‘apertar o parafuso’ exatamente onde é necessário”, diz Martinho. APLICAÇÃO DA NANOTECNOLOGIA NA SAÚDE Na saúde, o nano tem otimizado os diagnósticos, a produção de vacinas, a detecção de marcadores biológicos e formas de tratamento capazes de alterar o percurso de uma doença. A nanomedicina pode ser uma alternativa principalmente para tratar doenças como diabetes, as cardiovasculares, neurológicas e até mesmo o câncer. Mas, para realizar essas tarefas, a nanotecnologia irá trabalhar com diferentes mecanismos, como a biofotônica, o transporte de fármacos através da pele e dos campos elétricos. Com as nanopartículas é possível construir diversos tipos de solução. No tratamento contra tumores, por exemplo, a biofotônica permite que os feixes de luz a laser atuem diretamente na região onde estão as células cancerígenas. Assim, as células saudáveis ao redor não são atingidas, reduzindo efeitos colaterais como queda de cabelo e feridas na mucosa da boca, por exemplo. Embora os tratamentos para tumores tenha evoluído muito nas últimas décadas, há ainda um enorme espaço para cobrir quando se trata da medicina personalizada. Nesse contexto, a nanomedicina poderá ser utilizada para desenvolver soluções para pessoas que não respondem aos tratamentos convencionais. AS BARREIRAS DA NANOTECNOLOGIA BRASILEIRA Com tantas possibilidades, por que a nanomedicina não é tão conhecida e estimulada no mercado brasileiro? A resposta para essa questão envolve elementos como: custo, burocracia, pouca compreensão científica e o receio de investir nestes produtos. CUSTOS No que se refere ao custo, os valores envolta da nanotecnologia costumam ser 10 vezes maiores do que o esperado para a criação de um laboratório comum, segundo o professor da UFABC. Para manter o padrão de qualidade de escalas tão pequenas quanto as que exigidas na nanomedicina, é necessário uma grande verba. Entre os exemplos, Martinho cita os microscópios de alta precisão, que podem chegar aos 350 mil euros, enquanto tecnologias regulares normalmente exigiriam um investimento de 5 mil. Ainda nessa questão, há o fator de higiene. Os laboratórios de nanotecnologia exigem um alto grau de limpeza, pois mesmo um grão de poeira poderia prejudicar a pesquisa, dado que esta teria uma molécula maior do que as de alvo do estudo. Com a necessidade de manutenção anual e a troca de equipamentos a cada cinco anos, o financeiro pode ser uma barreira até mesmo para a indústrias. “O ideal seria criar um hub de empresas em um centro de caracterização ou as universidades poderiam atuar abrindo suas estruturas para as empresas desenvolverem fármacos”, aponta Martinho. O SISTEMA JURÍDICO, A COMPREENSÃO CIENTÍFICA E O MERCADO O Brasil conta também com grandes empecilhos nas relações jurídicas. Um dos problemas começa com a dificuldade de patentear estudos e demais inovações. Neste tópico, os especialistas alegam que pode levar cerca de 10 anos para receber algum retorno quanto à solicitação da patente. Quando enfim recebem retorno da solicitação, os pesquisadores encontram um conflito de comunicação, pois com a falta de conhecimento científico das autoridades jurídicas acabam por não compreender a ideia do produto e novas barreiras são criadas para sua aprovação. Assim, diversos questionamentos legais impedem ou tornam ainda mais demorado o processo da patente. Durante todo esse período, as ideias costumam ficar estagnadas ou acabam por circular no mercado estrangeiro — que, apesar de ainda passar por dificuldades, encontra-se em um cenário com mais investimentos do que o brasileiro. Para o professor da UFABC, não há como avançar o mercado nano sem antes estimular o conhecimento básico científico nas escolas e universidades. O entendimento das ciências é também uma das razões pelas quais o mercado demonstra receio de investir em produtos de nanotecnologia. Segundo Chaud, um dos caminhos para solucionar a falta de recursos no Brasil seria obter mais apoio da indústria farmacêutica. Entretanto, são raras as vezes em que o setor privado aceita investir em algo que ainda não está pronto. “Ao ter uma ideia baseada em nanopartículas, há a possibilidade dela dar certo ou não, mas para funcionar é necessário apoio”, conclui o médico. Fonte: Futuro da Saúde
SÃO PAULO SEDIARÁ O II CONGRESSO BRASILEIRO DE NAMOMEDICINA
O II Congresso Brasileiro de Nanomedicina é o principal evento relacionado à nanomedicina no Brasil, e existe a fim de promover o papel da nanotecnologia no tratamento e prevenção de doenças, baseando-se no uso de dispositivos de engenharia, nanoestruturados, para iniciar e controlar processos vitais em escala molecular. O objetivo do CBN2022 é reunir acadêmicos e pesquisadores de todo o país para apresentar avanços nos campos relevantes e promover uma atmosfera propícia à troca de ideias e informações. Assim como o CBN2019, realizado na Universidade de Brasília – UNB, criou uma atmosfera propícia para a troca de informações e impulsionou o diálogo entre estudiosos, que se mostram comprometidos com a tecnologia que vem revolucionando a medicina, o CBN2022 promete ampliar ainda mais os horizontes dos interessados na área, no Brasil. A segunda edição do Congresso Brasileiro de Nanomedicina vai acontecer nos dias 23 e 24 de Setembro de 2022, na cidade de São Paulo, e já conta com os seus principais palestrantes confirmados, estudiosos reconhecidos no Brasil e no mundo por suas grandes contribuições, são eles: – Prof. Dr. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, professor do Instituto de Física da Faculdade de São Carlos, membro fundador do Núcleo Interinstitucional de Linguística Computacional (NILC), que desenvolveu o revisor gramatical ReGra, agraciado com 2 prêmios de inovação tecnológica e disponível com o processador de texto Word for Windows, publicou mais de 640 artigos em periódicos especializados, 23 capítulos de livros, 2 livros de divulgação científica, 1 livro sobre escrita científica em inglês, 3 livros com coletâneas sobre nanotecnologia, tendo submetido 12 pedidos de patentes e um dos 16 pesquisadores brasileiros com maior produção científica. – Profa. Dra. Nádia Araci Bou-Chacra, professora Associada no Departamento de Farmácia da FCF-USP e Professora Adjunta da Faculty of Pharmacy and Pharmaceutical Sciences, University of Alberta, Canada. Tem formação e experiência na área de Produção e Controle Farmacêuticos. Os seus projetos de pesquisa estão focados no desenvolvimento de sistemas nanoestruturados para a obtenção de produtos farmacêuticos e cosméticos inovadores, controle e caracterização físico-química e microbiológica de produtos farmacêuticos e desenvolvimento de métodos analíticos, além da avaliação de processos farmacêuticos. – Prof. Dr. Elidamar Nunes, graduada em Ciências Biológicas, Atualmente é professora de Biotecnologias e Ciências da Universidade de São Paulo-USP. Participa dos corpos editoriais dos periódicos International Journal of Nanomedicine, World Journal of Surgical Oncology, Journal of Medical Virology. Tem experiência em gestão de projetos biotecnológicos, biologia de sistemas (ênfase em vacinologia, imunogenética) atuando em áreas interdisciplinares da microbiologia, bioinformática, desenvolvimento de proteínas recombinantes e análise evolutiva de genomas aplicado ao desenvolvimento de imunobiológicos. – Prof. Dr. Wagner José Fávaro, professor de Anatomia Humana na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e, especialista em Uropatologia, Carcinogênese Urogenital, Nanomedicina e Desenvolvimento de Fármacos. Livre-Docente em Anatomia do Sistema Urogenital (2022) pela UNICAMP. Ele recebeu diversos prêmios por sua contribuição científica, incluindo o Prêmio SBOC de Ciência (2021); Prêmio Inventores UNICAMP 2020 nas categorias Tecnologia Licenciada e Criação de Spin-Off; Medalha “Newton Prado” (2018) pelos relevantes serviços prestados à comunidade; Prêmio Prof. Nelson Rodrigues Netto Jr. de Urologia (2018); Prêmio INOVA UNICAMP de Iniciação à Inovação (2018) e; IV Prêmio Octavio Frias de Oliveira na modalidade Inovação Tecnólogica em Oncologia (2013); além de diversas premiações em eventos científicos. Após 15 anos de pesquisa com carcinogênese urogenital e nanotecnologia, desenvolveu a 1a imunoterapia 100% brasileira dentro de uma universidade pública. – Prof. Dr. Nelson Durán, professor da Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP. Experiente na área de Bioquímica, com ênfase em Biotransformação. Atuando também nas áreas de Nanotecnologia de Fármacos e Cosméticos: Nano e Micropartículas, Nanobiotecnologia e Nanotoxicologia, Foi Coordenador da Rede Brasileira de Nanobiotecnologia, Coordenador da Rede Brasileira de Nanotoxicologia, Membro do Instituto Nacional de P&D&I em Materiais Complexos Funcionais (INOMAT) (MCTI/CNPq) e Vice-Coordenador do Laboratório de Síntese de Nanoestruturas e Interações de Biossistemas (NanoBioss) (MCTI) e Membro da Brasileira-Europea-NanoReg em Nanotoxicologia. – Prof. Dr. Antonio Claudio Tedesco, químico, concluiu o doutorado em Fotoquímica Orgânica pela Universidade de São Paulo em 1992. Realizou Pós-doutoramento entre 1993 a 1995, junto a Escola de Medicina de Harvard, Boston, USA na área de Fotobiologia e Fotomedicina e entre 2004 e 2005 junto a Universidade Paris (Paris-V), Institut National de La Sante et de La Recherche Medicale :Paris, (Lab Inserm U-532 – Laboratoire de Dermatologie) na área de Engenharia Tecidual. Trabalhou como representante da Universidade de São Paulo na Universidade de Sorbonne Paris Cité, para Assuntos Internacionais de 2016 a 2017 em Paris. É Professor Titular da Universidade de São Paulo da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto desenvolvendo pesquisa na área de Terapia Fotodinâmica, Fotobiologia e Engenharia Tecidual. Publicou mais de 320 artigos em periódicos especializados e 540 trabalhos em anais de eventos. Apresentou mais de 130 conferências, simpósios em seminários nacionais e internacionais. Possui 11 capítulos de livros publicados. Possui 18 produtos tecnológicos, dos quais 6 registrados, 3 processos ou técnicas, 37 itens de produção técnica. Orientou 50 Iniciações Científicas, 27 dissertações de mestrado e 28 teses de doutorado e 24 Pós-Doutorados nas áreas de Biofísica, Química, Farmácia e Fotobiologia e Fotomedicina. Entre 2000 e 2010 participou de 15 projetos de pesquisa na área, sendo que coordenou 5 destes. Atualmente participa de 05 projetos de pesquisa, sendo que coordena 2 destes. Desde 1999 Coordena e atua em Projetos clínicos aplicados em TFD junto ao HC-USP Ribeirão Preto, Brasília (UNB-HRAN) e UNIFESP-SP. Atua na área de Química e Farmácia, com ênfase em Fotoquímica, Fotobiologia e Fotomedicina. Em suas atividades profissionais interagiu com 650 colaboradores em co-autorias de trabalhos científicos. Em seu currículo Lattes os termos mais freqüentes na contextualização da produção científica, tecnológica e artístico-cultural são: Câncer, Nanotecnologia e Sistemas de Liberação de Fármacos, Terapia Fotodinâmica, Engenharia Tecidual, Doenças Neurodegenerativas. – Prof. Dr. Koiti Araki é bacharel e licenciado pela Faculdade de Filosofia Ciência e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (1986), mestre (1989) e doutor (1994) em Química Inorgânica pelo Instituto de Química da Universidade de São Paulo, e professor titular da mesma instituição desde 2006.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE NANOMEDICINA AVALIA PROGRESSO DO SETOR
Com o objetivo de entendermos melhor como a tecnologia pode ajudar na área da saúde, a redação conversou sobre o assunto com o presidente da Sociedade Brasileira de Nanomedicina (NANOMED), Cristovão Pinheiro. Veja como o presidente avaliou o progresso e o que destacou como imprescindível para colocar o Brasil em destaque no campo da Nanomedicina. Cristovão Pinheiro é Presidente da Sociedade Brasileira de Nanomedicina (NANOMED). A Sociedade Brasileira de Nanomedicina é formada por membros de diversos campos, incluindo medicina, nanotecnologia, engenharia, ciências biomédicas e direito, com o objetivo comum de promover a pesquisa em nanomedicina para beneficiar a saúde global. Em relação ao resto do mundo, como o senhor vê o Brasil no quesito tecnologia em saúde? Vamos bem ou não? Infelizmente não podemos dizer que estamos bem. O Brasil nunca foi um grande investidor no quesito tecnologia em saúde e existem diversos fatores que explicam isso. O primeiro é que, culturalmente, somos um país dedicado a atenção primaria à saúde, que considero como muito importante, mas com isso os maiores investimentos são direcionados a atenção básica de saúde, provocando, naturalmente, um distanciamento dos recursos humanos e financeiros do setor de tecnologia aplicada à saúde. O segundo fator é falta de planejamento de políticas públicas a médio prazo, que priorize a educação tecnológica no país, pois, creio eu, que será a tecnologia em saúde que poderá garantir a manutenção do SUS, já que quanto mais existirem pessoas capacitadas na área, maior será a possibilidade de tornar o serviço menos oneroso para o Estado. Mas para que isso aconteça é necessária a participação de diversos setores do governo e da sociedade, como ministério da saúde, da educação, da ciência e tecnologia e a inciativa privada. Teria exemplos de pesquisas em saúde que atualmente colocam o Brasil na vanguarda? Apesar de todas as dificuldades que o Brasil enfrenta, eu vejo que os avanços, através do Sistema Nacional de Laboratórios em Nanotecnologias (SisNANO), botam o país na vanguarda no diagnóstico e tratamento do câncer. Existem laboratórios em universidades brasileiras que já apresentam pesquisas promissoras no desenvolvimento de nano fármacos contra câncer. Eu acredito que, no futuro, as pesquisas relacionadas a cura do câncer irão colocar o Brasil entre os melhores do mundo em nanomedicina. Qual a importância desse tipo de investimento para a economia? As revoluções tecnológicas em saúde estão em uma velocidade nunca vista antes, e os países que não conseguirem acompanham essa revolução terão os seus desenvolvimentos econômicos comprometidos. Veja o Brasil, temos uma população idosa crescente e naturalmente dependente do Sistema de Saúde Pública, sendo assim, a tendência é que as despesas cresçam proporcionalmente e isso impacta diretamente a economia do país. As maiores potências mundiais entenderam isso bem cedo, fortaleceram os investimentos no campo tecnológico em saúde e hoje colhem frutos desses investimentos, não só tornando a assistência menos onerosa, mas exportando tecnologias e tratamentos de saúde, equipamentos de ponta e medicamentos. Quando se fala em tecnologia da saúde há algum ramo em específico que seja mais promissor? Qual e por quê? A nanomedicina, que é o uso da nanotecnologia na medicina, sem dúvida é o campo mais promissor. A nanomedicina será uma das responsáveis pela cura do câncer e de tantas outras doenças de difícil controle. Ela nos dará a oportunidade de tratar as doenças bem antes do seu diagnóstico. Através da nanotecnologia aplicada a saúde poderemos usar de forma mais eficiente o termo tratamento preventivo. Falar em nanomedicina hoje é falar também de custos elevados para o desenvolvimento do setor, mas a longo prazo será sem sombra de dúvidas a forma mais barata de se fazer prevenção, diagnóstico e a cura de doenças, vistas hoje como incuráveis. Nesse sentido, é possível apontar alguma projeção para essa área no Brasil? O Brasil tem muitos cientistas competentes trabalhando no sentido de fazer com que a nanomedicina se desenvolva e, por isso, acredito que os estudos relacionados a produção de vacinas com apoio da nanotecnologia será o mais promissor nos próximos anos. Nós temos o Instituto Butantan e a Fiocruz, que já são referências mundiais e que certamente ampliarão os seus estudos para se tornarem grandes referências mundiais em vacinas e outros medicamentos com o uso da nanotecnologia.
PRESIDENTE DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE NANOMEDICINA CONVIDA MCTI PARA II EDIÇÃO DE CONGRESSO DA CLASSE
O presidente da Sociedade Brasileira de Nanomedicina, Cristovão Pinheiro, esteve nesta quinta-feira (12) no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), em Brasília. Recebido pelo ministro do MCTI, Paulo Alvim, Pinheiro fez uma apresentação sobre o 2º Congresso Brasileiro de Nanomedicina, iniciativa nacional para promover discussões e exposição de inovações na área, que usa elementos em escala nanométrica para curar, diagnosticar ou prevenir doenças. Pinheiro pediu a cooperação do MCTI para promoção do evento citando que ele é uma oportunidade singular para a promoção da nanotecnologia no Brasil, ampliando o horizonte dos interessados na área. “O grande objetivo desse congresso é difundir esse campo que é novo e maravilhoso no que diz respeito à aplicação da nanotecnologia no uso do tratamento e diagnóstico da saúde humana”, disse Cristovão. Segundo ele, o evento já conta com 120 inscritos e vai ocorrer nos dias 23 e 24 de setembro deste ano. O ministro Paulo Alvim garantiu empenho do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações para a efetivação do Congresso. “É um projeto para o futuro da ciência do Brasil que é o desenvolvimento da nanomedicina. Vamos ajudar, sim, conte com nosso empenho”, disse Alvim, que participou do primeiro Congresso Brasileiro de Nanomedicina, em 2019. Participaram também da reunião, o coordenador-geral de Tecnologias Habilitadoras, Felipe Bellucci, o diretor do Departamento de Ciências da Vida e Desenvolvimento humano e Social, Fabio Donato Soares Larotonda, e o coordenador-geral de Ciências da Saúde, Biotecnológicas e Agrárias, Thiago Moraes. II CONGRESSO BRASILEIRO DE NANOMEDICINA A programação completa poderá ser acessada no site da Sociedade Brasileira de Nanomedicina (https://nanomedicina.org.br), contará com a presença de grandes nomes na área da Nanociência e Nanotecnologia aplicada à medicina e terá a duração de 2 dias.